O quadro "Estrela Azul" (1927), de Miró |
Como anunciado no início do ano, o avatar da Canopus seria trocado algumas vezes ao longo de 2012, em homenagem aos 15 anos da agência. Depois de Van Gogh com sua belíssima "Noite Estrelada" agora é a vez do espanhol Juan Miró com "Estrela Azul".
Descrito pelo próprio Miró (1893-1983) como um ponto de inflexão em
sua trajetória artística, "Estrela Azul" possui símbolos e elementos
surrealistas que o pintor repetiria em suas obras posteriores. A cor
azul influiu não só em seus trabalhos posteriores, mas nas obras de
outros artistas, como o letão Mark Rothko (1903-1970) e o francês Yves
Klein (1928-1962).
"É um dos trabalhos mais importantes de Miró, porque
representa a transição entre a arte figurativa e a abstrata", afirmou
Helena Newman, responsável pelo departamento de Arte Impressionista e
Moderna da Sotheby's. A especialista ressaltou que os trabalhos do
pintor no período de "Estrela azul" são "modernos, atemporais e refletem
um rico universo", qualidades que, em sua opinião, transformam essas
pinturas no tipo de obra que os colecionadores internacionais de hoje em
dia estão procurando.
"Estrela Azul" já tinha batido o recorde de cotação para uma obra de
Miró em 2007, quando foi arrematado em 11,6 milhões de euros (R$ 30,1
milhões) em Paris. O lance, no entanto, foi superado em fevereiro deste
mesmo ano pelo quadro "Poema Pintado", de 1925, vendido por 16,8 milhões
de libras (R$ 54,2 milhões).
A obra de Miró entrou para a série de recordes batidos nos últimos meses
em um mercado da arte em efervescência, no qual uma versão de "O Grito"
rompeu em maio todos os registros dos leilões de arte ao ser comprado
por US$ 120 milhões (R$ 247,5 milhões).
Além de "Estrela Azul", o quadro do também espanhol Pablo Picasso "Homem
Sentado" (1972) foi arrematado no mesmo leilão londrino desta
terça-feira em 6,2 milhões de libras (R$ 20 milhões).
Arrasou!
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